domingo, 4 de julho de 2010

Bobeira de Minina Apaixonada 1

...Por Adris...

Interessante é essa coisa de gostar!

Todo dia a gente cruza com o outro pelas ruas, pelos bares, pelos torpedos, pela rede...e ele sempre é tão igual a todo mundo.

Um dia, sem mais nem menos a gente olha pro lado e passa a enxergar a presença do outro...sem mais nem menos, ele passa a ter um significado diferente dos demais.



Desse dia em diante, a gente passa a entrar na rede só pra esperar o outro chegar, aumenta o volume do celular só pra responder a mensagem no segundo em que ela chegar, muda o trajeto pra criar oportunidade de encontrá-lo.

E ao encontrá-lo é como se o tilintar do relógio mudasse de repente e o tempo parasse de correr...

E mais estranho que isso, é que a cada vez que nos decepcionamos, nos colocamos na situação de promessa que não se repetirá...que ninguém nunca mais roubará o nosso coração.Ledo engano...

Isso é um “trem muito doido, é ruim demais, mas é bão, sô!”, seria a tradução do sentimento no dialeto mineiro.

É ruim demais esperar o telefone tocar...mas bão demais reconhecer seu alô.

É ruim demais ficar alimentando a saudades...mas é bão demais sentir o calor do seu abraço.

É ruim demais quando se irrita...mas bão demais quando diz que me ama.

É ruim demais o sentir o cheiro do seu perfume favorito no travesseiro...mas bão demais quando ele esta na sua pele.

É ruim demais não saber que nome dar a essa relação...mas é bão demais sentí-la.

É “quinem” bicho de pé, incomoda, por que aguça a sensibilidade, mas a gente briga quando a mãe pega na agulha pra tentar arrancar.

É inexplicável, incrível, fantástico...o poder de encontrar-se perdendo-se no outro...

Quero muito acreditar que nenhuma agulha poderá arrancar meu bichinho daqui do pé do meu coração...

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