domingo, 28 de dezembro de 2008

Vatel - Festival Gastrônomico

Celebrando e reverenciando um dos momentos mais marcantes de minha paixão incondicional. Segue o Cerimonial do evento Vatel, por Adris

Vatel
1.Tocam as trombetas avisando aos convidados o inicio do Festival.
2.Atores e convidados entram pelo corredor de velas.
3.Na porta a recepcionista faz a entrega dos talheres. A entrada já está servida.
4.A anfitriã toca a sineta.

Anfitriã: Minhas senhoras e meus senhores, boa noite!
- Bem vindos ao século XVII, bem vindos a França de Louis XIV, bem vindos a França do Rei Sol.
- Aqui és tu a realeza,
- nosso convidado especial
- nessa noite de intensa beleza
- nesse banquete a Vatel.

5.Nesse momento entram todos os garçons (Vatel’s) e juntos reverenciam os convidados, dizendo:

Vatel's: Que seja este um banquete inesquecível!

6.Entra o minueto.
7.Após a dança a anfitriã continua:
Anfitriã:(Aplaude fervorosamente enquanto diz) Para o artista a melhor recompensa são as palmas e para Vatel maior tesouro é a satisfação de vossas almas!
(Pausa) Vatel nasceu em 1635, era suíço e pouco se sabe sobre sua infância e juventude.
Dizem que filho de peões de fazenda era.
Durante muito tempo trabalhou para Nicolas Fouquet onde lançou a moda dessa mesa de jantar (apontando para a mesa).
Onde é possível a todos acomodar.
E também para servir-se , sem constrangimento levantar.
E conversar, comunicar, até as tramas mais diabólicas combinar,
Tudo durante um único jantar.
Contudo Vatel ficou mesmo conhecido quando veio aqui trabalhar,
para o Príncipe de Condè.
onde encarregado era de banquetes e entretenimentos,
de compras e de serviços e de café.
(Em tom de segredo) Até banquete para o Rei Sol promoveu!
Ah! E como seu atreveu!
E aqui não ficou conhecido pela instituição da mesa, mas pelas guloseimas que ali fora servido.

8.Nesse momento entram os pratos principais e os Vatel’s apostos ao centro dizem:

Vatel I: Cordeiro assado
Vatel II: Peixe ao molho Bechamel com ervas finas
Vatel III: Peru ...
Vatel IV: Leitão ao vinho.
Vatel V: Frutas e rizotto de funghi
Vatel I:Creme, legumes...
Anfitriã: e tudo de novo, e tudo de novo
Até se fartar.
É doce e salgado
Azedo e amargo
Misturando tudo, da sobremesa ao prato principal
Fora de ordem, na sua ordem

9.Quando a mesa estiver pronta a anfitriã diz:

Anfitriã:Está na hora de utilizarem as ferramentas que trouxeram de vossas côrtes.(Dirigindo-se a um convidado) Vossa Alteza trouxe seu talher?(A outro convidado) E o Duque, trouxe também? (Para si mesma)Será daqui quantos séculos deixaremos de carregar talheres para as cerimônias?!(Voltando para os convidados) Oh! Que bom que todos estão preparados, então já podemos iniciar.Levantem-se e sirvam-se!
A festa é sua majestade! Degustem...e gostem....

10.Nesse momento entra o violinista e toda durante todo o jantar.
11.Passado tempo suficiente para que todos tenham se fartado a anfitriã retorna:

Anfitriã:Algo na França sempre me intrigou : A culpa de Vatel era a gula de Luís XIV ou era a gula de Louis XIV a grande culpa de Vatel? (Trocando de assunto) Deixa pra lá!

Cerimonioso, Vatel ao que tudo consta
era exigente a ponto de enlouquecer,
por conta da falta de peixes
pela espada foi capaz de morrer.
O desgosto pela inusitada transferência a Corte de Versalles
Também foi demais desprazer
Lançando seu corpo em suicídio
Deixou a prova de tão grande competência
Avisado estava seu aprendiz
De tudo o que não poderia falhar
Deveria com terrinas e suspiros agradar ao Rei Sol
e sua gula findar
saldando assim as negativas contas de seu patrão
e garantindo assim a felicidade da nação
(Notando a falha)...Oh! Oh! Do Chateau de Chantilly

12.Nesse momento os Vatel’s e dizem :

Vatel's: Hum,Hum!! E por falar em Chantilly (trocam os pratos e servem a sobremesa)

Anfitriã : E por falar em chantilly
Creme tão maravilhoso só mesmo Vatel poderia inventar
Misturando a nata do leite ao açúcar
A sobremesa pôde salvar
E para quem perguntasse do creme
A seguinte resposta iria ouvir
É receita antiga das terras de Chantilly
A sobremesa está servida!!!

13.Música ao fundo

Anfitriã:Mas o que faz Vatel diferente dos outros
é sua infinita capacidade de criar,
Ele adorava brincar com sabores e cores
perfumes e flores,
com frio e calor,
com ódio e amor.
E o melhor ninguém sabia
Ele deixaria para o final
Através de espadas Rei Sol descobria
O quanto Vatel era genial

14.Entra a esgrima

Anfitriã: Assim caminhamos para o final
Que a noite lhes tenha provado
Que a gula é pecado capital
Já que a Louis XIV
Vatel provou ser ela fatal
E para da noite nos despedir
Convido-os para daqui partir
Levando consigo da França a melhor sensação
Chocolate quente e carolinas
Estão na mesa para se servir
Esperamos que a noite lhes tenha sido agradável
E a todos que com ela contribuíram deixamos aqui, nosso muito obrigado!

15.Nesse momento entra na sala todo o grupo enquanto faz reverencia aos convidados enquanto a anfitriã diz:

Anfitriã: À (Nome das empresas que patrocinaram.....e a todos que direta ou indiretamente contribuíram com a realização desse evento, nosso muito, muito obrigado.

16.Música: Aleluia.

Gloxinia

Uma amiga muito especial - Elza, habitualmente me chama por nome de flores... Num de nossos ultimos encontros me surpreendeu com o novo pseudonimo... Tanto que resolvi procurar saber o que de especial carrega esse "adjetivo"...

Flor de Gloxinia...

De grande valor ornamental e fácil cultivo, a Gloxinia, com suas folhas e pétalas aveludadas, são flores exóticas que exibem, com suas formas e cores intensas e exuberantes, toda a beleza das matas tropicais.

Entre as cores de seus variados tipos encontramos tons laranjas, rosas, vermelhos, roxos e algumas compostas, como púrpura ou vinho com branco nas bordas das pétalas.Por suas características, incluindo o tamanho de suas grandes flores aveludadas que pode chegar a 10 centímetros de diâmetro, e de sua folhagem, também grande, aveludada, que se apresenta em uma forma oval e muito vistosa, pode se notar sua origem tropical.

As Gloxinias são flores nativas do Brasil, fácil de cultivar e que floresce o ano inteiro, ficando apenas um pequeno período por ano sem produzir flores e folhas, permanecendo em um período de dormência, neste período ela aparenta estar seca. Enquanto elas se encontram no de dormência, que pode durar de um a três meses, é sugerido que as regas sejam diminuídas gradualmente, deixando as flores secar completamente e mantendo a terra levemente úmida.

Quando começam a surgir novos pequenos brotos, significa que seu período de descanso chegou ao fim e o seu cultivo volta ao normal. Para cultivá-la obtendo resultados satisfatórios, são recomendados alguns cuidados específicos, como uma preparação diferenciada do solo, que pode ser composto por uma parte de terra, duas partes de adubo orgânico, uma parte de areia grossa e uma parte de farinha de ossos. Suas pétalas não devem ser molhadas enquanto recebe a água, evitando assim que fiquem manchadas, e que se proliferem fungos.

As Gloxinias são muito utilizadas para ornamentação de interiores, mas necessita de bastante luminosidade, sem exposição direta ao sol, adaptando-se bem a posições próximas às janelas e varandas, onde recebam calor e iluminação nos períodos da manhã e da tarde.

Devido sua beleza extremamente marcante, as Gloxinias tem como significado o amor à primeira vista, e, quando utilizada como presente, pode expressar a intenção de namoro ou casamento.

Eu Sei, Mas Não Devia

por Marina Colasanti

Eu sei que a gente se acostuma. Mas não devia.
A gente se acostuma a morar em apartamentos de fundos e a não ter outra vista que não as janelas ao redor. E, porque não tem vista, logo se acostuma a não olhar para fora. E, porque não olha para fora, logo se acostuma a não abrir de todo as cortinas. E, porque não abre as cortinas, logo se acostuma a acender mais cedo a luz. E, à medida que se acostuma, esquece o sol, esquece o ar, esquece a amplidão.

A gente se acostuma a acordar de manhã sobressaltado porque está na hora. A tomar o café correndo porque está atrasado. A ler o jornal no ônibus porque não pode perder o tempo da viagem. A comer sanduíche porque não dá para almoçar. A sair do trabalho porque já é noite. A cochilar no ônibus porque está cansado. A deitar cedo e dormir pesado sem ter vivido o dia.

A gente se acostuma a abrir o jornal e a ler sobre a guerra. E, aceitando a guerra, aceita os mortos e que haja números para os mortos. E, aceitando os números, aceita não acreditar nas negociações de paz. E, não acreditando nas negociações de paz, aceita ler todo dia da guerra, dos números, da longa duração.

A gente se acostuma a esperar o dia inteiro e ouvir no telefone: hoje não posso ir. A sorrir para as pessoas sem receber um sorriso de volta. A ser ignorado quando precisava tanto ser visto. A gente se acostuma a pagar por tudo o que deseja e o de que necessita. E a lutar para ganhar o dinheiro com que pagar. E a ganhar menos do que precisa. E a fazer fila para pagar. E a pagar mais do que as coisas valem. E a saber que cada vez pagar mais. E a procurar mais trabalho, para ganhar mais dinheiro, para ter com que pagar nas filas em que se cobra.

A gente se acostuma a andar na rua e ver cartazes. A abrir as revistas e ver anúncios. A ligar a televisão e assistir a comerciais. A ir ao cinema e engolir publicidade. A ser instigado, conduzido, desnorteado, lançado na infindável catarata dos produtos.A gente se acostuma à poluição. Às salas fechadas de ar condicionado e cheiro de cigarro. À luz artificial de ligeiro tremor. Ao choque que os olhos levam na luz natural. Às bactérias da água potável. À contaminação da água do mar. À lenta morte dos rios.

Se acostuma a não ouvir passarinho, a não ter galo de madrugada, a temer a hidrofobia dos cães, a não colher fruta no pé, a não ter sequer uma planta.A gente se acostuma a coisas demais, para não sofrer. Em doses pequenas, tentando não perceber, vai afastando uma dor aqui, um ressentimento ali, uma revolta acolá.

Se o cinema está cheio, a gente senta na primeira fila e torce um pouco o pescoço. Se a praia está contaminada, a gente molha só os pés e sua no resto do corpo. Se o trabalho está duro, a gente se consola pensando no fim de semana. E se no fim de semana não há muito o que fazer a gente vai dormir cedo e ainda fica satisfeito porque tem sempre sono atrasado.

A gente se acostuma para não se ralar na aspereza, para preservar a pele. Se acostuma para evitar feridas, sangramentos, para esquivar-se de faca e baioneta, para poupar o peito. A gente se acostuma para poupar a vida. Que aos poucos se gasta, e que, gasta de tanto acostumar, se perde de si mesma.


Marina Colasanti nasceu em Asmara, Etiópia, morou 11 anos na Itália e desde então vive no Brasil. Publicou vários livros de contos, crônicas, poemas e histórias infantis. Recebeu o Prêmio Jabuti com Eu sei mas não devia e também por Rota de Colisão. O texto acima foi extraído do livro "Eu sei, mas não devia", Editora Rocco - Rio de Janeiro, 1996, pág. 09.

No Ano Que Vem...

Por Sérgio Antunes

No Ano que Vem No Ano que Vem vou fazer um check-up,
reformar os meus ternos,
vou trocar os meus móveis,
viajar no inverno,como convém.

No Ano que Vemvou me fantasiar,
desfilar na avenida,
decorar samba-enredo,
vou mudar minha vida,como convém.

No Ano que Vem,faço vestibular,
vou tocar clarineta,
aprender a dançar valsa,
fox-trot ou salsa,como convém.

E vou me converterno ano que vem,
registrar a escritura,
vou pagar a promessa
e andar mais depressa.Como convém.

No Ano que Vem,vou soltar buscapé,
empinar papagaio,
vou comer manga espada
e sentar na calçada,até....


...No ano que vem,vou pagar minhas dívidas,
apagar minhas dúvidas
e trocar o meu carro
e largar o cigarro,Como convém.

No Ano que Vem,vou fazer um regime,
e vou mudar de time,
viajar para a França
e estudar esperanto, como convém.

Vou plantar uma rosa no ano que vem
e escrever um romance
e fazer exercício,desde o início, como convém.

E entrar para a política
e me candidatar,no ano que vem,
fazer revolução,
lutar na Nicarágua,por que não?

E fazer uma plástica,No Ano que Vem,
e ficar destemido,
decorar um poema
e escrever pra você,como convém.

Se não der certo, no entanto
neste Ano que Vem,
vou deixar de cobrançado que fiz ou não fiz.

Neste Ano que vem
quero, como convém,ser, apenas, Feliz!

sexta-feira, 26 de dezembro de 2008

Dodecassílabo

Por Adris

Instigar...Primeiro verbo
Que incita, estimula e é açular;
Instigante...Predicado
Do sujeito que provoca e que aguça

A loucura...Substantivo feminino
Ou seria estado da mais pura insanidade?
Doido seria adjetivo que qualifica aquele que perdeu a razão...(rs)
Insensato, imprudente, dominado pela paixão...
Ah! Meu doce príncipe doidivanas!

Encantar este era o verbo
Que descrevia o que te fazia
Ao provocar-te com minha magia...
Cativar!...Era essa a palavra
Que transformava-me noutro ser pra te maravilhar
Encanto Ah! Sublime substantivo
Que partira de seus lábios, doces e ferozes!
A deliciar-me em tão longos beijos...

Objeto...Direto ou indireto?
Não, não! Também você é substantivo masculino
E quão masculino és tu! (rs)
Mas, se seria eu teu tão desejado objeto
Então, eu seria...Àquela que é perceptível por qualquer dos teus sentidos...
Visão, audição, tato, olfato, ou paladar?
O fato é que seria o motivo, a matéria e o assunto
Que integra a significação de seu verbo
Por entre suas pré-posições...

Desejar? Quero querer-te verbo;
Ter vontade de te querer...ambicionar
Desejo era nossa substantiva
Vontade de possuir-nos...um ao outro
Meu anseio...Tua cobiça...
Teu apetite...Nossa tão exacerbada vontade de comer
E de beber-nos...Como a um cálice...
Mas, por favor, não cale-se!...Não te furtes
Diante do que te tortura...Deseja-me outra vez!

Evitar...Covarde verbo
Capaz de desviar-se do querer...
De impedir a colheita da vida
Colocando-se a fugir dos sonhos...E da realidade desejada...
Continuo a preferir o encontrar
Este sim acho apropriado...
Ao descobrir das estações...Dos corpos e almas...
Defronte-se consigo mesmo e te depararás com outro em reflexo

Oh! Doce ingênuo príncipe
Como posso eu, furtar-me de tanto sentir?
Se sentir já é parte de mim?
Como posso eu esquecer
A magnitude do afeto, do elogio, da palavra e dos sentidos,
Se somente eles me alimentaram até aqui?

Oh! Doce principezinho!
Peça-me que espere o amanhecer do dia...
Mas jamais que esqueça ontem
Pois que este ontem, foi colheita
E toda colheita nasce do fruto, da semente da terra...
E a isso damos o nome...vida!

Doze Conselhos Para Ter Um Infarto Feliz


por Ernesto Artur

1.Cuide de seu trabalho antes de tudo. As necessidades pessoais e familiares são secundárias.
2. Trabalhe aos sábados o dia inteiro e, se puder também aos domingos.
3. Se não puder permanecer no escritório à noite, leve trabalho para casa e trabalhe até tarde.
4. Ao invés de dizer não, diga sempre sim a tudo que lhe solicitarem.
5. Procure fazer parte de todas as comissões, comitês, diretorias conselhos e aceite todos os convites para conferências, seminários, encontros, reuniões, simpósios etc....
6. Não se dê ao luxo de um café da manhã ou uma refeição tranquila. Pelo contrário, não perca tempo e aproveite o horário das refeições para fechar negócios ou fazer reuniões importantes.
7. Não perca tempo fazendo ginástica, nadando, pescando, jogando bola ou tênis. Afinal, tempo é dinheiro.
8. Nunca tire férias, você não precisa disso. Lembre-se que você é de ferro.
9. Centralize todo o trabalho em você, controle e examine tudo para ver se nada está errado...
10. Se sentir que está perdendo o ritmo e o fôlego tome logo estimulantes e energéticos. Eles vão te deixar tinindo.
11. Se tiver dificuldades em dormir não perca tempo: tome calmantes e sedativos de todos os tipos. Agem rápido e são baratos.
12. E por último, o mais importante: não se permita ter momentos de oração e meditação diante de Deus. Isto é para crédulos e tolos. Repita para si: Eu sou a minha própria religião.

Então? Você conhece alguém que faça parte desse time? Já tentou vender-lhe um plano funerário (Michel...olha um cliente!) ? Se quiser se despedir ainda é tempo.Peça que mude e de reveja suas atitudes .Seu coração agradece... Pense nisso...