...Por Adris
Esta chegando o Dia das Crianças...e nesse período é inevitável o saudosismo daquele tempo em que o faz de conta pairava em nossa mente...
Eram tempos fáceis em que era difícil responder nossos por quês...em que sonhavamos crescer...em que viver era curtir o faz de conta...
Pra celebrar essa época, segue meu repertório pessoal, embalado por comentários e estórias...
REAL ILUSÃO
Letra: Dalton Nóbrega
Aaaaah, Que pena
Tá na hora
De ir embora
Não queria ir, queria mais estória
É tão lindo
Fico triste em pensar que tudo pode terminar
Minha vida
Tem dois mundos
Por de fora
É chamado de realidade
E o que está no peito
Bem guardado
E se chama... Ilusão
Emília, pára um tempo
Porque não dá!
Um pouco do estar
Imensurar o mundo natural e o mundo da magia
Seria até melhor
Se a vida fosse assim
Pirlimpimpim
E o mundo real virava fantasia
Já que a vida
Tem dois mundos
Realidade e ilusão
Todo mundo
Em um dia
Ter os dois no coração
Xô, Pedrinho!
Narizinho, deixei um pouco de creme pra vocês dois
Mas é pra repartir
Tchau, Visconde
Tchau, Emília
Gente, que vontade enorme de me dividir
Vem comigo
Sai daqui
O real e a ilusão
Todo mundo
Bem podia
Ter os dois no coração
...
sexta-feira, 9 de outubro de 2009
quinta-feira, 1 de outubro de 2009
Eu Não Sei Na Verdade Quem Eu Sou
...por F. Anitelli (Teatro Mágico)
Eu não sei na verdade quem eu sou
já tentei calcular o meu valor
Mas sempre encontro sorriso
e o meu paraíso é onde estou
Por que a gente é desse jeito?
criando conceito pra tudo que restou
Meninas são bruxas e fadas
Palhaço é um homem todo pintado de piadas
Céu azul é o telhado do mundo inteiro
Sonho é uma coisa que fica dentro do meu travesseiro
Mas eu não sei na verdade quem eu sou
Já tentei calcular o meu valor
E sempre encontro sorriso
E o meu paraíso é onde estou
Eu não sei... na verdade quem eu sou
Perguntar

Da onde veio a vida por onde entrei.
Deve haver uma saída e tudo fica sustentado
Pela fé
Na verdade ninguém
Sabe o que é Velhinhos são crianças nascidas faz tempo
com água e farinha colo figurinha e foto em documento
Escola! É onde a gente aprende palavrão...
Tambor no meu peito faz o batuque do meu coração
Mas eu não sei na verdade quem eu sou
Já tentei calcular o meu valor
E sempre encontro sorriso...
e o meu paraíso é onde estou
Eu não sei na verdade quem eu sou
Perceber que a cada minuto
tem um olho chorando de alegria e outro chorando de luto
tem louco pulando o muro,
tem corpo pegando doença
tem gente trepando no escuro,
tem gente sentindo ausência
Meninas são bruxas e fadas
Palhaço é um homem todo pintado de piadas
Céu azul é o telhado do mundo inteiro
Sonho é uma coisa que fica dentro do meu travesseiro
Mas eu não sei na verdade quem eu sou
Já tentei calcular o meu valor
Mas sempre encontro sorriso e o meu paraíso é onde estou
Mas eu não sei na verdade quem eu sou...
Geração Tribalista: Ser ou Não Ser de Alguém
...por Arnaldo Jabor
Na hora de cantar todo mundo enche o peito nas boates, nos bares, levanta os braços, sorri e dispara "eu sou de ninguém, eu sou de todo mundo e todo mundo é meu também".No entanto, passado o efeito do uísque com energético e dos beijos descompromissados, os adeptos da geração "tribalistas" se dirigem aos consultórios terapêuticos, ou alugam o ouvido do amigo mais próximo e reclamam de solidão, ausência de interesse das pessoas, descaso e rejeição.
A maioria não quer ser de ninguém, mas quer que alguém seja seu. Beijar na boca é bom? Claro que é! Se manter sem compromisso, viver rodeado de amigos em baladas animadíssimas é legal? Evidente que sim. Mas por que reclamam depois?
Será que os grupos tribalistas se esqueceram da velha lição ensinada no colégio, onde "toda ação tem uma reação".Agir como tribalistas tem consequências, boas e ruins, como tudo na vida...Não dá, infelizmente, para ficar somente com a cereja do bolo - beijar de língua, namorar e não ser de ninguém.

Para comer a cereja é preciso comer o bolo todo e nele os ingredientes vão além do descompromisso, como: não receber o famoso telefonema no dia seguinte, não saber se está namorando mesmo depois de sair um mês com a mesma pessoa, não se importar se o outro estiver beijando outra, etc, etc, etc. embora já saibam namorar, "os tribalistas" não namoram.
Ficar, também é coisa do passado. A palavra de ordem hoje é "namorix". A pessoapode ter um, dois e até três namorix ao mesmo tempo.Dificilmente está apaixonada por seus namorix, mas gosta da companhia do outro e de manter a ilusão de que não está sozinho.Nessa nova modalidade de relacionamento, ninguém pode se queixar de nada.
Caso uma das partes se ausente durante uma semana, a outra deve fingir que nada aconteceu, afinal, não estão namorando. Aliás, quando foi que se estabeleceu que namoro é sinônimo de cobrança? A nova geração prega liberdade, mas acaba tendo visões unilaterais. Assim como só deseja "a cereja do bolo tribal", enxerga somente o lado negativo das relações mais sólidas.
Desconhece a delícia de assistir a um filme debaixo das cobertas num dia chuvoso comendo pipoca com chocolate quente, o prazer de dormir junto abraçado, roçando os pés sob as cobertas e a troca de cumplicidade, carinho e amor.
Namorar é algo que vai muito além das cobranças.
É cuidar do outro e ser cuidado por ele, é telefonar só pra dizer bom dia, ter uma boa companhia para ir ao cinema de mãos dadas, transar por amor, ter alguém para fazer e receber cafuné, um colo para chorar, uma mão para enxugar lágrimas, enfim, é ter "alguém para amar".

Já dizia o poeta que "amar se aprende amando" e se seguirmos seu raciocínio, esbarraremos na lição que nos foi passada nas décadas passadas: relação é sinônimo de desilusão. O número avassalador de divórcios nos últimos tempos, só veio a confirmar essa tese e aqueles que se divorciaram (pais e mães dos adeptos do tribalismo), vendem na maioria das vezes de que casar é um péssimo negócio e que uma relação sólida é sinal de frustrações futuras.Talvez seja por isso que pronunciar a palavra "namoro" traga tanto medo e rejeição.
No entanto, vivemos em uma época muito diferente daquela em que nossos pais viveram. Hoje podemos optar com maior liberdade e não somos mais obrigados a "comer sal juntos até morrer". Não se trata de responsabilizar pais e mães, ou atribuir um significado latente aos acontecimentos vividos e assimilados na infância, pois somos responsáveis por nossas escolhas, assim como o que fazemos com as lições que nos chegam.
A questão não é casual, mas quem sabe correlacional. Podemos aprender a amar se relacionando, trocando experiências, afetos, conflitos e sensações. Não precisamos amar sob os conceitos que nos foram passados.
Somos livres para optarmos!
E ser livre não é beijar na boca e não ser de ninguém. É ter coragem, ser autêntico e se permitir viver um sentimento... É arriscar, pagar para ver e correr atrás da felicidade. É doar e receber, é estar disponível de alma, para que as surpresas da vida possam aparecer. É compartilhar momentos de alegria e buscar tirar proveito até mesmo das coisas ruins.
Ser de todo mundo e não ser de ninguém é o mesmo que não ter ninguém também... É não ser livre para trocar e crescer... É estar fadado ao fracasso emocional e à tão temida solidão.
Na hora de cantar todo mundo enche o peito nas boates, nos bares, levanta os braços, sorri e dispara "eu sou de ninguém, eu sou de todo mundo e todo mundo é meu também".No entanto, passado o efeito do uísque com energético e dos beijos descompromissados, os adeptos da geração "tribalistas" se dirigem aos consultórios terapêuticos, ou alugam o ouvido do amigo mais próximo e reclamam de solidão, ausência de interesse das pessoas, descaso e rejeição.
A maioria não quer ser de ninguém, mas quer que alguém seja seu. Beijar na boca é bom? Claro que é! Se manter sem compromisso, viver rodeado de amigos em baladas animadíssimas é legal? Evidente que sim. Mas por que reclamam depois?
Será que os grupos tribalistas se esqueceram da velha lição ensinada no colégio, onde "toda ação tem uma reação".Agir como tribalistas tem consequências, boas e ruins, como tudo na vida...Não dá, infelizmente, para ficar somente com a cereja do bolo - beijar de língua, namorar e não ser de ninguém.

Para comer a cereja é preciso comer o bolo todo e nele os ingredientes vão além do descompromisso, como: não receber o famoso telefonema no dia seguinte, não saber se está namorando mesmo depois de sair um mês com a mesma pessoa, não se importar se o outro estiver beijando outra, etc, etc, etc. embora já saibam namorar, "os tribalistas" não namoram.
Ficar, também é coisa do passado. A palavra de ordem hoje é "namorix". A pessoapode ter um, dois e até três namorix ao mesmo tempo.Dificilmente está apaixonada por seus namorix, mas gosta da companhia do outro e de manter a ilusão de que não está sozinho.Nessa nova modalidade de relacionamento, ninguém pode se queixar de nada.
Caso uma das partes se ausente durante uma semana, a outra deve fingir que nada aconteceu, afinal, não estão namorando. Aliás, quando foi que se estabeleceu que namoro é sinônimo de cobrança? A nova geração prega liberdade, mas acaba tendo visões unilaterais. Assim como só deseja "a cereja do bolo tribal", enxerga somente o lado negativo das relações mais sólidas.
Desconhece a delícia de assistir a um filme debaixo das cobertas num dia chuvoso comendo pipoca com chocolate quente, o prazer de dormir junto abraçado, roçando os pés sob as cobertas e a troca de cumplicidade, carinho e amor.
Namorar é algo que vai muito além das cobranças.
É cuidar do outro e ser cuidado por ele, é telefonar só pra dizer bom dia, ter uma boa companhia para ir ao cinema de mãos dadas, transar por amor, ter alguém para fazer e receber cafuné, um colo para chorar, uma mão para enxugar lágrimas, enfim, é ter "alguém para amar".

Já dizia o poeta que "amar se aprende amando" e se seguirmos seu raciocínio, esbarraremos na lição que nos foi passada nas décadas passadas: relação é sinônimo de desilusão. O número avassalador de divórcios nos últimos tempos, só veio a confirmar essa tese e aqueles que se divorciaram (pais e mães dos adeptos do tribalismo), vendem na maioria das vezes de que casar é um péssimo negócio e que uma relação sólida é sinal de frustrações futuras.Talvez seja por isso que pronunciar a palavra "namoro" traga tanto medo e rejeição.
No entanto, vivemos em uma época muito diferente daquela em que nossos pais viveram. Hoje podemos optar com maior liberdade e não somos mais obrigados a "comer sal juntos até morrer". Não se trata de responsabilizar pais e mães, ou atribuir um significado latente aos acontecimentos vividos e assimilados na infância, pois somos responsáveis por nossas escolhas, assim como o que fazemos com as lições que nos chegam.
A questão não é casual, mas quem sabe correlacional. Podemos aprender a amar se relacionando, trocando experiências, afetos, conflitos e sensações. Não precisamos amar sob os conceitos que nos foram passados.
Somos livres para optarmos!
E ser livre não é beijar na boca e não ser de ninguém. É ter coragem, ser autêntico e se permitir viver um sentimento... É arriscar, pagar para ver e correr atrás da felicidade. É doar e receber, é estar disponível de alma, para que as surpresas da vida possam aparecer. É compartilhar momentos de alegria e buscar tirar proveito até mesmo das coisas ruins.
Ser de todo mundo e não ser de ninguém é o mesmo que não ter ninguém também... É não ser livre para trocar e crescer... É estar fadado ao fracasso emocional e à tão temida solidão.
Namorofóbicos
...por Arnaldo Jabor
"A praga da década são os namorofóbicos.
Homens (e mulheres) estão cada vez mais arredios a título de namorado, mesmo que, na prática, namorem. Uma coisa muito estranha!Saem, fazem sexo, tudo numa frequência de namorados, mas não admitem.

Têm alguns que até têm o cuidado de quebrar a constância só para não criar jurisprudência, como se diria em juridiquês. Podem sair várias vezes numa semana, mas aí tem que dar uns intervalos regulamentares, que é para não parecer namoro.É tua namorada? - Não a gente tá ficando.Ficando aonde, cara pálida? Negam o namoro até a morte, como se namoro fosse casamento, como se o título fizesse o monge, como se namorar fosse outorgar um título de propriedade.
Devem temer que ao chamar de namorada(o) a criatura se transforme numa dominadora sádica, que vai arrastar a presa para o civil, fazer enxoval, comprar alianças, etc. Não vai. Não a menos que seja um(a) psicopata. Mais pata que psico. Namorar é leve, é bom, é gostoso. Se interessar pelo outro e ligar pra ver se está tudo bem pode não ser cobrança, pode ser SAUDADE, vontade de estar junto, de dividir. A coisa é tão grave e levada a extremos que pode tudo, menos chamar de namorado.
Pode viajar junto, dormir junto, até ir ao supermercado junto (há meses!), mas não se pode pronunciar a palavra macabra: NAMORO.Antes, o problema era outro: CASAMENTO. Ui. Vá de retro! Cruz credo! Desafasta. Agora é o namoro, que deveria ser o test drive, a experiência, com toda a leveza do mundo.
Daqui a pouco, o problema vai ser qualquer tipo de relacionamento que possa durar mais que uma noite e significar um envolvimento maior que saber o nome.

Do que o medo?
Da responsabilidade?
Da cobrança?
De gostar?
Sempre que a gente se envolve com alguém tem que ter cuidado. Não é porque 'a gente tá ficando' que não se deve respeito, carinho, cuidado....Não é porque 'a gente tá ficando' que você vai para a cama num dia e no outro finge que não conhece e isso não dói? Não é porque 'a gente tá ficando' que o outro passa a ser mais um número no rol das experiências sexuais - e só. ou é?
Tô ficando velho? Paciência.
Vamos NAMORAR em toda a sua essência, curtir, cuidar, respeitar....Se preocupar, tá junto, conhecer o outro.Vocês 'ficantes' estão perdendo o que existe de mais bonito e gostoso num relacionamento, num namoro, que é a cumplicidade...A magia, o encanto, a conquista, o AMOR!!!
Pensem nisso e namorem pra valer!"
"A praga da década são os namorofóbicos.
Homens (e mulheres) estão cada vez mais arredios a título de namorado, mesmo que, na prática, namorem. Uma coisa muito estranha!Saem, fazem sexo, tudo numa frequência de namorados, mas não admitem.

Têm alguns que até têm o cuidado de quebrar a constância só para não criar jurisprudência, como se diria em juridiquês. Podem sair várias vezes numa semana, mas aí tem que dar uns intervalos regulamentares, que é para não parecer namoro.É tua namorada? - Não a gente tá ficando.Ficando aonde, cara pálida? Negam o namoro até a morte, como se namoro fosse casamento, como se o título fizesse o monge, como se namorar fosse outorgar um título de propriedade.
Devem temer que ao chamar de namorada(o) a criatura se transforme numa dominadora sádica, que vai arrastar a presa para o civil, fazer enxoval, comprar alianças, etc. Não vai. Não a menos que seja um(a) psicopata. Mais pata que psico. Namorar é leve, é bom, é gostoso. Se interessar pelo outro e ligar pra ver se está tudo bem pode não ser cobrança, pode ser SAUDADE, vontade de estar junto, de dividir. A coisa é tão grave e levada a extremos que pode tudo, menos chamar de namorado.
Pode viajar junto, dormir junto, até ir ao supermercado junto (há meses!), mas não se pode pronunciar a palavra macabra: NAMORO.Antes, o problema era outro: CASAMENTO. Ui. Vá de retro! Cruz credo! Desafasta. Agora é o namoro, que deveria ser o test drive, a experiência, com toda a leveza do mundo.
Daqui a pouco, o problema vai ser qualquer tipo de relacionamento que possa durar mais que uma noite e significar um envolvimento maior que saber o nome.

Do que o medo?
Da responsabilidade?
Da cobrança?
De gostar?
Sempre que a gente se envolve com alguém tem que ter cuidado. Não é porque 'a gente tá ficando' que não se deve respeito, carinho, cuidado....Não é porque 'a gente tá ficando' que você vai para a cama num dia e no outro finge que não conhece e isso não dói? Não é porque 'a gente tá ficando' que o outro passa a ser mais um número no rol das experiências sexuais - e só. ou é?
Tô ficando velho? Paciência.
Vamos NAMORAR em toda a sua essência, curtir, cuidar, respeitar....Se preocupar, tá junto, conhecer o outro.Vocês 'ficantes' estão perdendo o que existe de mais bonito e gostoso num relacionamento, num namoro, que é a cumplicidade...A magia, o encanto, a conquista, o AMOR!!!
Pensem nisso e namorem pra valer!"
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