sábado, 28 de fevereiro de 2009

Paraíso é Para Isso!

Por Adrissssss...ssss.....ssssss

Vamos falar de Paraíso!

Não sei se pela força imposta pelo cansaso do trabalho constante dos ultimos anos (que se esqueceu das palavras, fins de semana, feriados, férias!), se pela rotina social (que nos obriga a sorrir amareladamente a dor), se pelo desgaste provocado pelas intemperes alheias, ou mesmo pela falta de colo pra dividir a tristeza e acalmar a solidão...fui ao longo do tempo me esquecendo do quanto é preciso "apreciar o paraíso".
Nesse Carnaval enlouqueci...perdi a estribeira ao saber que seria possível alguns dias de paz...Me esqueci das festas e busquei um pequeno paraíso.
Na verdade ainda não consegui concluir se a beleza de Trindade é assim tão devastadora...ou se eu é quem fui devastada pela vida. O fato é que pude me recordar como é "estar" fora de si.
De acordo com estudiosos a palavra Paraíso deriva do termo avéstico pairi-daeza (uma área/jardim murada), composto por pairi- (ao redor), um cognato do grego peri-, e -diz (criar, fazer). Uma palavra associada é o sânscrito paradesha que literalmente significa país supremo.

O lugar ideal, na terra ou utopia, outrora representado pelo Jardim do Éden.

Um lugar descrito por diferentes religiões onde o clima é ameno, há abundância de alimentos e recursos, e não há guerras, doenças ou morte. Normalmente, a vida no paraíso seria a recompensa após a morte para as almas dos que seguem corretamente os preceitos de cada religião.

Para mim, Paraíso é bem mais simples que isso. Para mim paraíso foi ver o mar transparente e alimentar os peixes...Mergulhar bem fundo nas minhas saudades...Foi ouvir o cantar da areia na Praia do Meio (acreditem ela canta no atritar dos pés...)...Olhar pro céu e admirar as estrelas...Saciar a fome dos amigos com um toque simples de amor...Dormir à sombra de uma árvore a ser acordada pela maré cheia...

Para mim Paraíso foi curtir acordar cedo sem o despertador...Tomar banho de chuva e brincar feito criança...Foi me atrever a tentar "jogar" malabares com um novo amigo e posar pra fotos com desconhecidos...

Paraíso pra mim, foi passear pelas ruas de Paraty admirando a velha arquitetura e descobrindo que naquela cidade as coisas tem nomes de cores...e as Vilas escondem paixões...

No cachadaço Deus pintou um pedaço do paraíso e colocou na trilha seu preço...

Por alguns dias foi permitido entrar pra brincar e alimentar os olhos do coração...

Dias de paz...dias que não deixaremos para trás...

domingo, 15 de fevereiro de 2009

Valentine’s Day

...Por Adris

Pois bem...Estou mais uma vez aqui pra falar de amor!
Dia 14 de fevereiro, vários países europeus comemoram o Dia de São Valentine ou Dia dos Enamorados...

De acordo com alguns pesquisadores, durante o governo do imperador Cláudio II, este proibiu a realização de casamentos em seu reino, com o objetivo de formar um grande e poderoso exército. Cláudio acreditava que os jovens se não tivessem família, se alistariam com maior facilidade. No entanto, um bispo romano continuou a celebrar casamentos, mesmo com a proibição do imperador. Seu nome era Valentim e as cerimônias eram realizadas em segredo. A prática foi descoberta e Valentim foi preso e condenado à morte. Enquanto estava preso, muitos jovens jogavam flores e bilhetes dizendo que os jovens ainda acreditavam no amor. Entre as pessoas que jogaram mensagens ao bispo estava uma jovem cega: Assíria filha do carcereiro a qual conseguiu a permissão do pai para visitar Valentim. Os dois acabaram-se apaixonando e ela milagrosamente recuperou a visão. O bispo chegou a escrever uma carta de amor para a jovem com a seguinte assinatura: "De seu Valentim", expressão ainda hoje utilizada. Valentim foi decapitado em 14 de Fevereiro de 270 d.C.
Não estamos na Europa, por aqui utilizamos 12 junho para celebrar o amor...contudo, aproveito a deixa para homenagear alguns casais velhos conhecidos nossos, mestres nessa tão doce arte do amor.

O casal mais "Brabo" : Lampião e Maria Bonita

Lampião foi o inimigo número um da polícia nordestina, sua vida no crime teve inicio em 1920, para vingar a morte do pai. Roubava, cobrava tributos de latifundiários e assassinava por vingança ou por encomenda.
Quando passava por Santa Brígida (divisa entre Bahia e Sergipe), onde morava Maria Bonita, foi amor à primeira vista da parte dele.
Ela já o admirava, devido a suas façanhas, acabou seguindo-o dias depois. Eles eram nômades, sempre acolhidos pelos donos de fazenda, que zelavam pela segurança do bando.
Em 1938 teve fim a vida de Crime de Lampião e Maria Bonita, eles e sua quadrilha caíram em uma emboscada, ambos foram assassinados juntamente com seu bando. A cabeça de Virgulino Ferreira Silva, o Rei do Cangaço (Lampião) foi decepada, e exposta em praça pública.

Os Inseparáveis : Popeye e Olívia Palito

Popeye foi criado em 1929 por Elzie Segar para uma tira de jornal que tinha o nome de Timble Theater. Em julho de 1933 ele virou desenho animado junto com a Betty Boop mas não demorou muito para que Popeye elegesse como o centro de sua vida, a sua eterna e sempre exigente namorada. Poucos dias depois de surgir em Thimble Theatre, Popeye conheceu Olívia Palito, que estava escondida no barco que ele comandava. Nos primeiros encontros, nada prenunciava o relacionamento amoroso entre os dois. Quase que se ignoravam mutuamente. Não foi amor à primeira vista o que os uniu. Foi muito mais amor ao primeiro beijo, o que ela deu em Popeye, supostamente por engano, segundo explicou depois, por pensar que se tratava de Ham Gravy, o seu namorado de então. Mas a desculpa chegou tarde, já o coração do marinheiro não mais lhe pertencia, estava totalmente dominado pela imagem daquela mulher alta, disforme, magérrima, de pescoço comprido e pés desproporcionais... uma figura totalmente sem atrativos. Aos poucos, ela também foi correspondendo ao amor do marinheiro, colocou o namorado a escanteio e assumiu totalmente o romance com Popeye. Transformaram-se nas duas faces de uma mesma moeda. Inseparáveis. Zelosos um do outro. Amantíssimos.

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

Strani Amori - Amores Estranhos

...Por Renato Russo

Me desculpe, mas devo ir embora
Eu sabia que era uma mentira
Quanto tempo
Perdido atrás de você
Que promete e nunca muda

Estranhos Amores que nos colocam em problemas
Mas na realidade somos nós.
E na espera de um telefonema
Brigando para que esteja livre
com o coração no estomago e um nó na garganta
ali sozinho, dentro um arrepio, mas porque ela não esta

E são estranhos amores que nos fazem crescer e sorrirentre lágrimas
Quantas páginas para escrever, sonhos livres para
dividir.
E são amores normais a esta idade
que se confundem dentro da alma
que se interroga sem se decidir
se é um amor para nós
e quantas noites perdidas a chorar, relendo aquelas
cartasque não consigo jogar fora no labirinto da saudade

grandes amores que terminam
mas porque ficam no coração

Estranhos amores que vão e vem
nos pensamentos se escondem
histórias verdadeiras que nos pertencem
mas se perdem como nós
amores estranhos, frágeis
prisioneiros livres

amores estranhos que nos colocam em
problemas mas na realidade somos nós
são amores estranhos que não quero viver
me desculpe, mas devo ir embora
desta vez é uma promessa
porque eu quero um amor verdadeiro

sem você.

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

Tecendo Nossos Desafios

...Por Adris,

O tecido acrobático é uma modalidade aérea circense.

De acordo com os estudos de Daniela Helena Calça, não se sabe ao certo quem o inventou, mas se acredita que o tecido é uma extensão do trabalho de corda lisa, uma modalidade que antigamente era de sisal e atualmente é de algodão (esta última confere maior flexibilidade e conforto durante as travas). Por sua vez, parece que as performances na corda tenham surgido das evoluções realizadas pelos artistas quando subiam ao trapézio, ou até mesmo durante a instalação (montagem) do circo, na qual se utilizam as cordas para subir e descer das alturas.

Desiderio (2003), relata em seus estudos que , Alice Viveiro de Castro (historiadora de circo), esteve no festival Internacional de Acrobacias de Wuqia (China), em 1999, onde foram expostos alguns desenhos orientais apresentados por uma pesquisadora da escola de Circo de Beijin, com performances em grandes panos nas festividades dos imperadores da China por volta do ano de 600 d.C., utilizando a seda como tecido da época.

No ocidente, um dos relatos mais antigos é uma experiência nas décadas de 1920 e 1930, em Berlim (Alemanha), por alguns artistas que realizaram movimentos com as cortinas de um cabaré.

Alguns relatos indicam que foi na França que o tecido circense foi aprimorado após pesquisas com diferentes materiais (cordas, tecidos, correntes, etc.), realizadas pelo francês Gèrard Fasoli nos anos de 1980 (DESIDERIO, 2003). Neste período, chegou-se à utilização de um material bastante resistente no comprimento e, ao mesmo tempo, com elasticidade na largura, o que lhe confere grande plasticidade e leveza. Este moderno material denomina-se liganete.


Possivelmente existam outras ligas sintéticas que podem ser utilizadas para esta prática. No entanto, o mais importante é que este material suporte o peso do praticante multiplicado até quatro vezes (aproximadamente). A inexistência de regras e a necessidade de inovar e criar, típicas das artes cênicas, fez surgir diferentes formas de prática do tecido na modernidade.

Contudo, o real objetivo desse texto não é o histórico do tecido acrobático. Não nesse momento. A real intensão é dividir o curioso sentimento que esse "pedaço de pano" é capaz de produzir no ser humano.

Rescentemente iniciei a prática dessa modalidade aérea circense, objetivando simplesmente melhorar o condicionamento físico, a flexibilidade e assim favorecer a saúde. Mas em pouco tempo pude sentir "na pele" o quão maiores podem ser os benefícios, pra não dizer "sensações" advindas dessa experiência.

Primeiro vem o instinto. Como refinamos essa caracteristica. Nossos instintos controlam nossos movimentos, ficamos mais rigorosos, mais determinados, mais precisos...e ligeiramente reativos...(Institivos seria o termo!).

Depois somos fisgados pela sensação mais deliciosa de todas: O Desafio!

Sentir-se desafiado é tão sério quanto gostoso.


É estar colocado todo instante à prova; É sentir-se armado pra batalha;

Mas a batalha não é qualquer uma. A batalha é sua. É contra ti mesmo. Contra tuas próprias verdades...teus próprios temores...contra tuas incertezas...a vida inteira...
Os sentimentos que movem um desafiado são um misto de medo corajoso com prazer e dor...
Sentir-se desafiado é estar solitário na guerra... e forte o suficiente pra vencer a morte...nunca o contrário...
Ah! E por quão pouco nos sentimos assim:

Um olhar desviado, um pudor exacerbado, um pano amarrado...

Um quê de não sei onde? ... um onde de não sei quê?

Enfim...o desafio é aquilo que nos mantem acordados pra vida, que faz nascer a força dentro do peito, no intimo do ser...

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

O Preço

Eu devo muito a esse lugar. Muito do que sou, muito do que me tornei foi fruto da convivência aqui dentro.

Não posso pensar em esquecer o quanto tudo isso me influenciou positiva e/ou negativamente também.Tive nesse espaço, experiências únicas.

Lembro-me de quanto me senti pequena e violentada pela brutalidade da ignorância de alguns...por todo aquele desprezo e incoerência...Também, não por menos, das infinitas lágrimas de gratidão desprendidas de olhinhos miudos num colorir de faces...Ah! Quantas barreiras sentimentais, morais, éticas, humanas foram postas em cheque!

Aqui, me tornei mulher de verdade: Pra encarrar o mundo de frente, de lado e de banda. Pra batalhar, pra vencer (inclusive nas derrotas da vida!).Pra chorar amores traidos, perdidos, esquecidos num canto qualquer. Nesse chão, foi que conheci a dor da renuncia e o desasossego de um amor verdadeiro.

Aprendi me esconder de minhas próprias verdades...duvidar delas e criar pra mim mesma uma mentira capaz de esconder a dor que deveras sinto.


Quando aqui entrei pela primeira vez, soube que tudo era um sonho que eu, mais que ninguém, desejava sonhar. Mais tarde, percebi o quão perigoso poderia sê-lo e pensava conseguuir pagar o preço.


E foi contabilizando isso, que descobri que foi também aqui que , troquei amores, perdi inocência, entendi a fragilidade das verdades, perdi grandes amigos (grandes não, enormes - daqueles que não se encontra nas esquinas e nos bares!). Aqui, me entorpeci de sentimentos vãos...

Acontece que, há momentos na vida, em que é preciso decidir pela felicidade. E... meu caro, esta sim é muito cara!

Ser feliz requer sabedoria...exige gratidão, amizade, respeito e confiança...

E eu, eu sou muiiiiiiiito grata a esse Espaço, que me criou e me fez forte. Aqui fiz amigos, plantei sementes e semeei dignidade. Conquistei respeito e respeitei limites outros...Mas acima de tudo CONFIEI...que este aprendizado valeria a pena...E valeu!

Mas vem chegando a hora de pagar pela felicidade...vem chegando a hora de dizer : Até mais! Tchau! Fui! Adeus!...